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sexta-feira, dezembro 19, 2025

Geração Z: mulheres jovens são mais abertas ao sexo casual que homens, aponta pesquisa

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Um levantamento recente do Survey Center on American Life revela uma tendência inesperada entre a Geração Z: mulheres jovens demonstram maior receptividade ao sexo casual do que homens da mesma faixa etária. Os dados desafiam estereótipos tradicionais sobre comportamento sexual e indicam mudanças culturais mais amplas.

Entre os participantes mais jovens da pesquisa, especialmente mulheres, houve maior aceitação não apenas do sexo sem compromisso, mas também do aborto e de relacionamentos abertos. O resultado chama atenção em um contexto em que relações casuais ainda carregam estigmas, principalmente quando envolvem mulheres em aplicativos de namoro.

Apesar de 56% dos norte-americanos entrevistados considerarem moralmente errado manter relações sexuais com alguém pouco conhecido, essa percepção é menos rígida entre os jovens. Há, no entanto, diferenças de gênero: 51% das mulheres da Geração Z veem esse tipo de relação como moralmente errado, contra 57% dos homens da mesma faixa etária.

A divergência é ainda maior quando o assunto são relacionamentos abertos. Apenas 46% das mulheres jovens consideram esse tipo de arranjo moralmente errado na maioria ou em todas as situações, enquanto entre os homens esse índice sobe para 57%.

Para a terapeuta licenciada Alexandra Cromer, da Thriveworks, esses resultados refletem transformações culturais profundas. Em entrevista àNewsweek”, ela observa que homens da Geração Z tendem a adotar posturas mais conservadoras, enquanto mulheres jovens se alinham com maior frequência a visões políticas e sociais liberais.

Segundo a especialista, o maior acesso à informação tem papel central nesse movimento. A educação e o contato com ideias feministas contribuem para que mulheres questionem padrões tradicionais, como a ideia de que sexo casual é algo negativo, e formem opiniões próprias a partir de suas experiências.

O estudo entrevistou 5.451 adultos nos Estados Unidos, entre 25 de julho e 1º de agosto de 2025, apresentando margem de erro de 1,59 ponto percentual.

Alexandra acrescenta que a exposição a diferentes culturas e perspectivas tende a reduzir visões rígidas sobre moralidade. “Classificar algo simplesmente como ‘errado’ ou ‘ruim’ costuma refletir uma visão categórica e limitada”, afirma. Para ela, a educação feminista também reforça a autonomia corporal, permitindo que mulheres enxerguem o sexo como uma escolha pessoal legítima.

Na avaliação de Cromer, a tendência é que essas mudanças se intensifiquem. “À medida que a sociedade valoriza mais a diversidade de perspectivas e a autonomia individual, veremos uma multiplicidade maior de visões sobre moralidade e relacionamentos”, concluiu.

[Fonte Original]

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