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domingo, dezembro 7, 2025

Mais uma no Louvre: vazamento danifica até 400 obras na biblioteca de Egiptologia do museu

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Um vazamento de água ocorrido em 26 de novembro danificou várias centenas de obras da biblioteca de Antiguidades Egípcias do Louvre, informou neste domingo o museu parisiense à AFP, confirmando uma informação do veículo La Tribune de l’Art.

“Entre 300 e 400 obras” foram atingidas pelo vazamento, detalhou Francis Steinbock, administrador-geral adjunto do museu, indicando que se tratava de “revistas de egiptologia” e de “documentação científica” utilizada por pesquisadores.

Esses volumes encadernados datam do fim do século XIX e do início do século XX.

“Nenhuma obra patrimonial está envolvida neste dano”, destacou, precisando que “até o momento, não temos perdas irremediáveis e definitivas nessas coleções”.

São “documentos extremamente úteis e muito consultados”, mas “não são de forma alguma únicos no mundo”, acrescentou. “Eles vão secar, serão enviados ao encadernador para serem restaurados e depois voltarão às prateleiras.”

Segundo o Louvre, o vazamento de água foi descoberto em 26 de novembro por volta das 20h45 na rede hidráulica que alimenta os equipamentos de aquecimento e ventilação da biblioteca, localizada na ala Mollien.

Ele foi causado pela abertura, por engano, de uma válvula do sistema, o que provocou um vazamento em um cano no teto de uma das salas.

“Em completa obsolescência”, essa rede hidráulica está desligada há vários meses e deve ser substituída a partir de setembro de 2026, explicou Steinbock, no âmbito de grandes obras que devem se estender por vários meses.

“Vamos reforçar as medidas de segurança para evitar qualquer erro humano até lá”, acrescentou, qualificando o incidente como “extremamente lamentável”.

Uma investigação interna está em andamento para determinar as causas exatas que levaram ao vazamento.

“Este novo incidente confirma uma situação que se degrada há tempo demais”, reagiu neste domingo a CFDT-Culture em comunicado.

“Fragilidade das infraestruturas, ausência de visão estratégica sobre as obras, condições de trabalho degradadas: a proteção das coleções, assim como a segurança dos funcionários e dos visitantes, continuam insuficientemente garantidas”, lamentou o sindicato, que anunciou que uma assembleia geral intersindical será realizada na manhã de segunda-feira “para decidir os próximos passos”.

No olho do furacão desde o espetacular furto de 19 de outubro, o Louvre também teve de fechar, em novembro, uma galeria devido ao estado deteriorado do edifício.

Para financiar sua modernização, seu conselho administrativo aprovou recentemente um aumento de 45% no preço de entrada para visitantes extraeuropeus a partir de 2026.

O Louvre espera obter receitas adicionais com esse aumento para enfrentar os problemas estruturais do edifício.

Museu mais frequentado do mundo, recebeu 8,7 milhões de visitantes em 2024, dos quais 69% estrangeiros.

[Fonte Original]

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