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domingo, abril 27, 2025

Bolsas de NY sobem pelo 4º dia apoiada na queda nos juros dos Treasuries

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Apesar das notícias contraditórias em torno das conversas entre Estados Unidos e China – com Donald Trump otimista quanto a um acordo e Pequim negando a existência de negociações – as bolsas em Nova York terminaram o dia e a semana em alta, com impulso do setor de tecnologia, o mais influente no mercado americano. Os rendimentos dos Treasuries caíram e o dólar teve alta, à medida que parte dos investidores está voltando a dar um voto de confiança aos ativos americanos.

Em Wall Street, o Dow Jones subiu 0,05%, aos 40.113,50 pontos; o S&P 500 avançou 0,74%, aos 5.525,21 pontos, e o Nasdaq teve alta de 1,26%, aos 17.382,939 pontos. Na semana, as bolsas acumularam valorização de 2,48%, 4,59% e 6,73%, respectivamente. O setor de tecnologia (+1,62%) liderou o rali desta sexta-feira, com a Tesla avançando 9,8% e a Nvidia fechando em alta de 4,3%. As ações da Alphabet, dona do Google, também subiram, após os resultados trimestrais da empresa agradarem o mercado.

Mark Haefele, CIO do UBS WM, diz em relatório que, após o recente movimento de correção no mercado de ações, muitos dos papéis do setor de tecnologia se tornaram mais atrativos. Embora ele veja que as tarifas irão pesar sobre essas empresas, podendo diminuir o lucro por ação entre 3% e 5% em 2025, Haefele ainda projeta um crescimento dos lucros no setor na casa dos dois dígitos médios neste ano.

“Com as empresas americanas devendo continuar entre os principais motores do crescimento dos lucros globais nos próximos anos, acreditamos que investidores que iniciaram 2025 com baixa exposição estratégica a ações dos EUA devem aproveitar a volatilidade atual para aumentar suas alocações”, ele afirma. O UBS WM projeta que o S&P 500 irá alcançar os 5.800 pontos até o fim deste ano.

No front comercial, Trump disse em entrevista à revista Time que espera concluir acordos comerciais com parceiros dos Estados Unidos em até três a quatro semanas e afirmou que sua administração estaria em negociações ativas com os chineses para chegar a um consenso. Mais cedo, nesta semana, a sinalização do presidente americano de que estaria aberto a um acordo com a China trouxe alívio aos mercados. Pequim, no entanto, negou que haja conversas em curso, mas segundo a agência de notícias Bloomberg, o país asiático considera suspender a atual tarifa retaliatória de 125% sobre alguns setores americanos.

Por volta das 18h (de Brasília), os rendimentos dos Treasuries com vencimento em dois anos caíam para 3,758%, de 3,805% no fechamento anterior, e os rendimentos dos Treasuries com vencimento em dez anos recuavam para 4,249%, ante 4,325% na última sessão. No mesmo horário, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente uma cesta de outras seis moedas fortes, subia 0,23%, aos 99,60 pontos.

Apesar dos sinais contraditórios nas notícias sobre tarifas e da incerteza em torno da trajetória da política monetária nos Estados Unidos, o achatamento da curva de juros americana continuou nesta sexta, com os rendimentos longos dos Treasuries operando em queda.

Ian Lyngen e Vail Hartman, estrategistas de renda fixa do BMO Capital Markets, explicam que a recente valorização dos preços dos títulos da ponta longa dos Treasuries (com consequente queda das taxas) se deve ao fato de que a parte curta permanece ancorada às expectativas de política monetária de curto prazo, e os últimos comentários do Federal Reserve (Fed) não deram qualquer indicação de um corte nos juros. Eles veem que, mesmo com o movimento das últimas sessões, a curva ainda indica uma tendência persistente de reinclinação.As principais bolsas em Wall Street subiram pelo quarto dia consecutivo em um dia marcado pela volatilidade nos mercados e narrativas contrastantes sobre o patamar das negociações da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. A reação dos investidores à temporada de balanços americana e a queda nos rendimentos dos Treasuries após falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) auxiliaram no desempenho dos índices.

No fechamento, o Dow Jones subiu 0,05%, aos 40.113,50 pontos, após ter passado a maior parte do dia operando no campo negativo. O S&P 500 ganhou 0,74%, aos 5.525,21 pontos, enquanto o Nasdaq teve alta de 1,26%, aos 17.382,94 pontos. Na semana, os índices subiram 2,48%, 4,59% e 6,73%, respectivamente.

O setor de tecnologia (+1,62%) teve um dos melhores desempenhos do dia, impulsionado pelos resultados trimestrais da Alphabet (+1,68%). Os dados financeiros da controladora do Google auxiliaram empresas que dependem de receita com anúncios digitais, como a Meta, que subiu 2,65%. Os ativos da Tesla também tinham forte alta, de 9,8%.

As incertezas com relação à guerra comercial entre China e EUA pautaram os mercados hoje. Donald Trump disse à revista Time, ontem, que o presidente chinês Xi Jinping ligou para ele para discutir tarifas. Pequim, no entanto, contestou a informação e reiterou na manhã de hoje que não está em negociações com o país. Os ruídos de comunicação sobre o patamar das negociações se somam a uma reportagem da Bloomberg, que noticiou que a China pode suspender sua tarifa de 125% sobre certos produtos americanos.

Mesmo com as incertezas no mercado, a postura “dovish” (propensa a diminuição dos juros) de alguns dirigentes do Fed levaram a queda do rendimento dos Treasuries, o que auxiliou no desempenho das bolsas, apontam os economistas da Charles Schwab. Próximo às 17h05, o rendimento da T-note de 2 anos estava em 3,768%, de 3,805% no fechamento anterior. Já o título com vencimento de 10 anos estava em 4,261%, de 4,325%.

“Esperamos que o Fed corte as taxas de juros este ano, mas somente no segundo semestre”, disse Collin Martin, diretor de estratégia de renda fixa do Charles Schwab.

A presidente do Fed de Cleveland, Beth Hammack, disse ontem que a autarquia poderia agir em junho, se tiver dados claros e convincentes. Postura compartilhada pelo diretor Christopher Waller, que reiterou sua visão de que a inflação impulsionada por tarifas provavelmente será temporária, permitindo que o Fed se concentre nas implicações das tarifas para o mercado de trabalho.

[Fonte Original]

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