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quarta-feira, abril 30, 2025

PIB da zona do euro cresceu 0,4% no 1º trimestre, acima do esperado

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A economia da zona do euro cresceu mais do que o esperado no início do ano, embora ainda não tenha sentido todo o impacto das tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O produto interno bruto (PIB) do primeiro trimestre aumentou 0,4% em relação ao trimestre anterior, o dobro do registrado no último trimestre do ano passado, segundo dados publicados nesta quarta-feira pela Eurostat, o órgão de estatísticas do bloco. Analistas consultados pela Bloomberg haviam estimado um aumento de 0,2%.

O resultado indica que o bloco de 20 países expandiu sua produção por cinco trimestres consecutivos e dois de seus membros mais importantes — Alemanha e França — voltaram à trajetória de crescimento.

No entanto, olhando para o futuro, pesquisas empresariais apontam para um enfraquecimento, causado principalmente pela incerteza em relação às intenções dos Estados Unidos, agravada pelo impacto concreto das tarifas já aplicadas.

O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, afirmou na semana passada que é improvável que as tensões comerciais levem a uma recessão na zona do euro, embora tenha reconhecido que a expansão será menor do que a esperada.

Lane e seus colegas estão avaliando novos cortes nas taxas de juros após realizarem o sétimo corte em meados de abril, e alguns esperam que as tarifas impostas por Trump causem danos duradouros à economia. A maioria, no entanto, continua confiando que a inflação retornará de forma sustentável à meta de 2% ainda este ano.

Alemanha e França registraram aumentos do PIB de 0,2% e 0,1%, respectivamente, no primeiro trimestre, em linha com as expectativas. A Itália apresentou crescimento acima do previsto, de 0,3%.

Nesta semana, foram divulgados dados otimistas em toda a zona do euro: as estimativas para Espanha, Países Baixos, Bélgica, Áustria e Finlândia indicam um aumento do PIB entre 0,1% e 0,6%. A cifra da Irlanda — distorcida por seu papel como base fiscal de multinacionais americanas — disparou 3,2%.

Ainda assim, essas avaliações sobre a saúde econômica da Europa dizem pouco sobre as consequências das tarifas dos EUA, a maioria das quais foi anunciada em 2 de abril. A incerteza é total, já que muitos dos encargos foram suspensos à espera do resultado das negociações.

Outros dados mostram como a fraqueza da economia francesa já está pesando sobre a inflação, que desacelerou para 0,8% em abril, ante 0,9% no mês anterior. Trata-se do nível mais baixo desde fevereiro de 2021 e deve reforçar os apelos por novos cortes de juros pelo BCE.

Espera-se que os dados a serem divulgados na sexta-feira mostrem que os preços na zona do euro subiram 2,1% em abril em relação ao mesmo período do ano anterior, uma leve queda em comparação com o mês anterior. No entanto, a inflação subjacente — que exclui itens voláteis como energia — deve subir para 2,5%.

[Fonte Original]

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