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quarta-feira, maio 14, 2025

Entra em vigor “trégua” entre China e EUA para conter guerra comercial

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A redução tarifária pactuada entre China e Estados Unidos entrou em vigor nesta quarta-feira (14), após as duas potências chegarem a um acordo temporário de 90 dias durante negociações realizadas no último final de semana em Genebra, na Suíça.

Pequim e Washington anunciaram em uma declaração conjunta na segunda-feira que a China reduziria as tarifas sobre produtos dos EUA de 125% para 10% nos próximos 90 dias, e os EUA fariam o mesmo para os produtos chineses, nesse caso de 145% para 30%, segundo os termos acordados para conter a nova guerra comercial que eclodiu este ano.

Por parte da China, o Comitê de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado (o Executivo chinês) anunciou nessa terça-feira (13) que os cortes tarifários entrariam em vigor às 12h01 desta quarta-feira (hora local, 1h01 de Brasília).

Nas negociações de Genebra, Pequim prometeu reverter as medidas de retaliação não tarifárias implementadas desde 2 de abril, data em que anunciou restrições à exportação de terras raras, a inclusão de várias empresas americanas em listas de vetos comerciais e uma investigação antitruste sobre a gigante química americana DuPont.

Por sua vez, os Estados Unidos se comprometeram a eliminar as tarifas adicionais impostas à China em 8 e 9 de abril, mas manterão as decididas antes do dia 2, que, entre outros motivos, foram justificadas pelo papel do país no fornecimento de precursores do fentanil que eventualmente entram em território americano pela fronteira com o México, o que faz com que sua alíquota tarifária mínima chegue a 30%.

Washington também não está eliminando as tarifas atuais sobre carros, aço, alumínio e produtos farmacêuticos, porque quer que esses tipos de empresas retornem ao país.

Portanto, a redução significativa das taxas é o ponto mais notável deste acordo, que inclui também a criação de um mecanismo permanente de consulta.

Embora a redução tarifária anunciada seja significativamente maior do que o esperado, analistas não acreditam que essa trégua de 90 dias se traduzirá em uma paz comercial duradoura.

A delegação chinesa continuará sendo representada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng, enquanto a delegação dos EUA será liderada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, e pelo representante comercial, Jamieson Greer.

Essas negociações podem ser realizadas alternadamente na China e nos Estados Unidos, ou em um terceiro país mediante acordo prévio entre as partes.

A guerra comercial entre as duas potências se intensificou em abril com a imposição de novas tarifas recíprocas, que elevaram as taxas a níveis sem precedentes: 145% para produtos chineses e 125% para produtos americanos.

A reunião de Genebra, realizada ao longo dos dias 10 e 11 de maio, foi a primeira reaproximação formal desde aquela escalada.

[Fonte Original]

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