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quinta-feira, maio 15, 2025

Ibovespa Cai, Após Quebrar Recorde na Terça; Dólar Avança

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Esta quarta-feira (14) teve uma agenda econômica esvaziada no mercado, sendo negativa especialmente para o Ibovespa, que recuou diante da realização de lucros, após bater recorde na terça (13), passando dos 138 mil pontos.

No final da sessão, o principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,39%, somando 138.422,84 pontos. De acordo com o gestor de renda variável Tiago Cunha, da Ace Capital, o movimento do dia deve-se a uma pequena realização, frente as recentes máximas e ao movimento da curva de juros local, que operava em alta, afetando sobretudo papéis de empresas sensíveis à economia doméstica.

“Em média, os resultados do primeiro trimestre têm sido positivos, mesmo com a expectativa de desaceleração da economia brasileira. No entanto, pequenos movimentos de correção são comuns ao longo do tempo, principalmente com movimentos muito fortes, como vimos recentemente”, acrescentou.

Em maio, até esta terça, o Ibovespa acumulou valorização de quase 3%, com a alta no ano alcançando 15,5%. Dados da B3 mostram saldo positivo de capital externo na bolsa no mês até o dia 12, de R$ 6,6 bilhões. No ano, as compras superam as vendas em R$ 17,1 bilhões no mercado secundário.

Já o dólar fechou em alta de 0,46%, aos R$ 5,6331. No mês, a divisa acumula baixa de 0,76%. Durante o pregão, a divisa americana chegou a oscilar no território negativo, abaixo dos R$ 5,60 — importante ponto de sustentação técnica para as cotações –, com alguns agentes citando fluxo de entrada de recursos no país para justificar o movimento. No entanto, ao longo do dia, com  maior fluxo de compra do dólar, a sua cotação voltou a subir, em sintonia com os seus ganhos ante boa parte das demais divisas no exterior.

Destaques

– AZUL PN desabou 16,08%, após forte valorização na terça-feira, com agentes analisando o balanço do primeiro trimestre. A empresa mostrou prejuízo líquido ajustado de R$ 1,82 bilhão e deve buscar mais capital para reforçar sua posição financeira. A Azul terminou março com uma alavancagem financeira de 5,2 vezes ante 3,7 vezes um ano antes.

– RAÍZEN PN recuou 4,47%, na esteira do prejuízo de R$ 2,5 bilhões no quarto trimestre fiscal, um salto ante o desempenho negativo de R$ 879 milhões um ano antes. A maior processadora de cana do mundo e uma das principais distribuidoras de combustíveis no Brasil também estimou processamento de cana entre 72 milhões e 75 milhões de toneladas (já desconsiderando parcela desinvestida) em 2025/26, o que seria uma queda em relação ao volume de 2024/25.

– JBS ON caiu 3,67%, mesmo após a maior produtora global de carnes reportar um lucro líquido de R$ 2,9 bilhões no primeiro trimestre, um salto de 77,6% ano a ano, diante de resultados favoráveis nas unidades de aves e suínos no Brasil e nos Estados Unidos. A administração também defendeu a estrutura de uma proposta de dupla listagem que será submetida à aprovação dos acionistas neste mês, afirmando que o plano representa uma proposta de valor atraente aos investidores a longo prazo.

– NATURA&CO ON avançou 7,1%, ampliando os ganhos da véspera, ainda sobe efeito da avaliação positiva sobre o resultado do primeiro trimestre da fabricante de cosméticos, enquanto os executivos da companhia reiteraram compromisso com melhora na rentabilidade da empresa e prometeram que os custos de reestruturação acabam neste ano.

– VALE ON fechou em queda de 0,49%, abandonando o sinal positivo dos primeiros negócios, mesmo com os contratos futuros de minério de ferro atingindo uma máxima em mais de cinco semanas na China nesta quarta-feira. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com alta de 2,43%, a 737 iuanes (R$ 573,13) a tonelada, maior fechamento desde 7 de abril.

– PETROBRAS PN recuou 0,68%, enfraquecida pela queda dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou com declínio de 0,81%, a US$ 66,09 (R$ 370,76). A diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia dos Anjos, também afirmou que a avaliação da Petrobras atualmente indica que os investimentos no seu próximo plano estratégico, para o período de 2026 a 2030, não serão reduzidos.

– ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,68%, em dia de desempenho misto entre os bancos do Ibovespa, com BANCO DO BRASIL ON, que divulga balanço na quinta-feira (15), mostrando acréscimo de 0,34% e SANTANDER BRASIL UNIT avançando 0,33%, mas BRADESCO PN cedendo 0,13% e BTG PACTUAL UNIT recuando 0,37%.

– NU, que é negociada nos Estados Unidos, fechou em alta de 2,66%, após fraqueza nos primeiros negócios, em meio à análise do lucro líquido ajustado de US$ 606,5 milhões (R$ 3,4 bilhões) no primeiro trimestre, levemente abaixo de estimativas no mercado.



[Fonte Original]

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