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terça-feira, novembro 11, 2025

Deputados dos EUA retornam a Washington para votar fim do ‘shutdown’

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Os membros da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos retornaram nesta terça-feira a Washington, após um recesso de 53 dias. Eles enfrentam congestionamento nos aeroportos do país para participar da votação que pode encerrar a mais longa paralisação (“shutdown”) do governo dos Estados Unidos na história.

Com mais de mil voos cancelados devido ao shutdown, parlamentares como os republicanos Rick Crawford, do Arkansas, e Trent Kelly, do Mississippi, disseram estar dividindo caronas até o Capitólio. Já o deputado Derrick Van Orden afirmou estar fazendo a viagem de 16 horas de Wisconsin de motocicleta.

A Câmara controlada pelos republicanos deve votar na tarde de quarta-feira um acordo de compromisso que restauraria o financiamento das agências governamentais e encerraria a paralisação iniciada em 1º de outubro, que já chega ao 42º dia. O Senado, também controlado pelos republicanos, aprovou o acordo na noite de segunda-feira, e o presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou esperar que a medida também seja aprovada em sua Casa.

O presidente, Donald Trump, chamou o acordo de “muito bom” e deve sancioná-lo em lei.

O texto prorroga o financiamento até 30 de janeiro, abrindo espaço para uma nova disputa orçamentária e mantendo o governo federal em um caminho que adiciona cerca de US$ 1,8 trilhão por ano à sua dívida de US$ 38 trilhões.

Em poucos dias, o governo dos EUA poderá retomar plenamente suas atividades, trazendo alívio para servidores federais que ficaram sem pagamento e para famílias de baixa renda dependentes de subsídios alimentares. No entanto, pode levar vários dias para que o sistema aéreo do país volte ao normal.

O acordo dividiu os democratas, que buscavam prorrogar os subsídios de saúde para 24 milhões de americanos além do fim do ano, quando estão previstos para expirar. Os republicanos no Senado concordaram em realizar uma votação separada sobre esses subsídios em dezembro, mas não há garantia de aprovação, e Johnson ainda não confirmou se a Câmara realizará a votação.

Johnson manteve a Câmara fora de sessão desde 19 de setembro, após a aprovação de uma lei temporária de financiamento, em uma estratégia para pressionar os democratas do Senado a reabrirem o governo.

A ala progressista do Partido Democrata reagiu com indignação, argumentando que os democratas do Senado cederam em uma disputa que estavam vencendo.

Uma pesquisa Reuters/Ipsos, realizada no final de outubro, mostrou que 50% dos eleitores americanos culpam os republicanos pela paralisação, enquanto 43% culpam os democratas.

Trump cancelou unilateralmente bilhões de dólares em gastos e reduziu a folha de pagamento federal em centenas de milhares de funcionários, interferindo na autoridade constitucional do Congresso sobre questões fiscais.

O acordo não parece incluir nenhuma salvaguarda específica para impedir Trump de impor novos cortes orçamentários.

No entanto, ele bloqueia temporariamente a campanha de redução da força de trabalho federal, proibindo demissões até 30 de janeiro.

O acordo também garante a continuidade do programa de assistência alimentar para pessoas de baixa renda, que foi afetado pela paralisação, até 30 de setembro de 2026, o fim do ano fiscal.

[Fonte Original]

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