O Governo Federal apresentou as projeções para o reajuste das aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social, e o cenário previsto para 2026 já movimenta debates. A estimativa aponta que os benefícios acima do salário mínimo terão aumento de 4,66%, porcentagem que reflete a inflação esperada para 2025.
Com isso, o teto do INSS, que hoje está em R$ 8.157,41, deve alcançar R$ 8.537,55 a partir de janeiro de 2026. Para quem recebe perto do limite, qualquer variação impacta diretamente o orçamento familiar. Mas o que sustenta esse reajuste?
Como o reajuste é calculado: INPC e projeções do governo
O índice previsto segue o INPC, métrica que baliza os reajustes dos benefícios previdenciários acima do piso nacional. Ele mede a inflação para famílias de renda mais baixa, e funciona como uma espécie de “termômetro” do poder de compra dos segurados.
O percentual ainda não é definitivo. O governo só confirma o valor final em janeiro, quando o IBGE divulga o INPC acumulado de janeiro a dezembro de 2025. Até lá, o PLOA, documento enviado ao Congresso, serve como referência para estimar os impactos nos gastos públicos e orientar o planejamento das famílias.
Salário mínimo também deve subir e mexer na Previdência
Além do teto do INSS, o governo projeta mudanças no salário mínimo para 2026. O valor atual, de R$ 1.518, pode passar para R$ 1.631, uma alta de 7,45%.
Esse cálculo combina:
- A inflação estimada para 2025, de 4,78%
- O ganho real baseado no crescimento do PIB
Como o salário mínimo define o piso previdenciário, qualquer alteração gera efeito imediato em milhões de beneficiários.Aposentadorias de um salário, pensões, auxílio-doença e BPC recebem o novo valor diretamente, sem porcentagens intermediárias..
Em outras palavras, quem recebe o piso costuma perceber o aumento antes mesmo dos beneficiários que ganham acima dele.
Quem será impactado e quando começam os pagamentos do INSS?
O reajuste mexe com a renda de uma parcela enorme da população. Hoje, segundo o INSS:
- 28,3 milhões recebem até um salário mínimo
- 2,1 milhões recebem acima do piso nacional
O calendário oficial de pagamentos de 2026 ainda não saiu, mas a prática dos últimos anos indica um padrão bastante previsível. Geralmente:
- Beneficiários de até um salário mínimo recebem o valor reajustado nos últimos dias úteis de janeiro
- Quem ganha acima do piso costuma ter o pagamento atualizado a partir do primeiro dia útil de fevereiro
Para quem depende desses recursos, entender esse ritmo ajuda a organizar as contas e antecipar possíveis ajustes financeiros.