A Mondelez International, dona de marcas como Lacta, Tang e Oreo, reportou lucro líquido de US$ 402 milhões no primeiro trimestre de 2025, queda de 71,5% em relação ao obtido no mesmo intervalo de 2024. O lucro diluído por ação saiu de US$ 1,04 para US$ 0,31. O lucro operacional foi de US$ 680 milhões no período, queda de 75,1% em relação ao ano anterior.
De acordo com a companhia, a queda nos resultados é explicada principalmente pela variação negativa ano a ano nos impactos de marcação a mercado de derivativos de commodities e câmbio, e pelos custos incorridos com o programa de implementação do software de planejamento dos recursos empresariais (ERP).
Esses itens desfavoráveis foram parcialmente compensados pela não recorrência da perda por ‘impairment’ (baixa contábil) de investimento em método de equivalência patrimonial do ano anterior, pela não recorrência dos custos do ano passado com o programa ‘Simplify to Grow’ (Simplificar para Crescer), menores custos de integração de aquisições, ajustes de contraprestações contingentes e menores perdas com a reavaliação da posição monetária líquida em países com inflação altamente elevada.
A receita líquida da companhia recuou 0,2% na base anual, para US$ 9,31 bilhões no trimestre, com a receita da América Latina somando US$ 1,20 bilhão, recuo de 8,8%.
“Entregamos resultados sólidos no primeiro trimestre de 2025, em linha com nossas expectativas, impulsionados pela forte execução da nossa estratégia de crescimento, mesmo diante de uma inflação sem precedentes nos custos do cacau”, disse Dirk Van de Put, presidente do conselho e diretor executivo da Mondelez. “Nosso desempenho em preços e participação de mercado no primeiro trimestre, juntamente com a força global de nossas categorias, nos dá confiança contínua em nossa perspectiva para o ano. Continuamos comprometidos com a execução da nossa agenda estratégica e com a manutenção da agilidade nesse ambiente operacional volátil, a fim de gerar valor sustentável para os acionistas.”
Para 2025, a empresa reafirma que o crescimento da receita líquida orgânica será de aproximadamente 5% e que o lucro por ação ajustado deverá cair cerca de 10% em termos de moeda constante, devido à inflação sem precedentes nos custos do cacau. A empresa também espera um fluxo de caixa livre de US$ 3 bilhões ou mais em 2025.
Nesta tarde, as ações da companhia subiam 1,77% no pós-mercado na Nasdaq, em Nova York, cotadas a US$ 66,81. No pregão regular, os papéis avançaram 0,84%, para US$ 65,65.