A Terra possui uma crosta dividida em várias placas tectônicas, que flutuam livremente sobre o manto e influenciam diretamente o movimento dos continentes. Mas você sabe qual é a placa que se move mais rápido no planeta?
Há milhões de anos, todos os continentes formavam um único bloco de terra chamado Pangeia. Com o passar do tempo, o movimento dessas placas separou os continentes, até que eles alcançaram a disposição atual. No Brasil, consideramos que a Terra possui seis continentes: América, África, Europa, Ásia, Oceania e Antártida.
Nos Estados Unidos e em países ingleses, são considerados sete continentes: África, América do Norte, América do Sul, Antártida, Ásia, Europa e Austrália.
Se analisarmos nessa visão, podemos dizer que a Austrália é o continente que se move mais rapidamente. Cientistas estimam que sua velocidade de deslocamento é de aproximadamente sete centímetros por ano, enquanto os demais continentes costumam se mover cerca de 1,5 centímetro por ano.
A placa tectônica também é chamada de indo-australiana, pois abrange o território continental da Austrália, a Tasmânia, partes da Nova Zelândia, da Nova Guiné e do Oceano Índico. Até 2017, a Austrália usava as mesmas coordenadas geográficas em seus mapas desde 1994. No entanto, foi necessário atualizá-las após detectar um deslocamento de 1,6 metro causado pelo movimento da placa.
“O movimento das placas é possível porque a fronteira entre a litosfera e a astenosfera é uma zona de desprendimento. À medida que as placas litosféricas se deslocam pela superfície da Terra, impulsionadas por forças ainda não totalmente compreendidas, elas interagem entre si nas suas bordas, divergindo, convergindo ou deslizando umas em relação às outras”, a enciclopédia Britannica descreve.
Continente mais rápido
Apesar de todas as placas tectônicas apresentarem movimentações, cada uma se desloca em velocidades diferentes. Um estudo publicado na revista científica Earth and Planetary Science Letters indica que a placa indo-australiana pode se mover até 8,5 centímetros por ano, enquanto as placas mais lentas avançam entre 2,6 e 2,8 centímetros anualmente.
Normalmente, os cientistas medem esse deslocamento por meio de sistemas de GPS via satélite. Porém, também existem métodos que analisam rochas do fundo do oceano, que possuem informações sobre as inversões do campo magnético da Terra. Com base na duração aproximada dessas inversões, é possível calcular a taxa média de movimentação das placas tectônicas.
Em dezenas de milhões de anos, é possível que parte da placa australiana entre em colisão com a placa eurasiana, que fica ao redor do Sudeste Asiático e China. Com esse movimento, provavelmente, as duas deixariam se fundiriam em uma nova placa: a Austrásia.
É importante destacar que como essas mudanças são muito pequenas em comparação com o tamanho do planeta, a sociedade não sente essa movimentação.
A movimentação dos continentes só é possível graças à dinâmica das placas tectônicas, mas elas não apenas moldam os continentes, pois também explicam terremotos, vulcões e até a formação de montanhas. Quer saber mais? Confira o mapa definitivo das placas tectônicas da Terra. Até a próxima!