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quinta-feira, abril 24, 2025

Rotação do universo poderia explicar a tensão de Hubble; entenda

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Há algum tempo, cientistas estudam a hipótese de que o universo pode estar girando, de forma semelhante ao movimento da Terra. Agora, essa ideia está ganhando mais adeptos. Segundo um estudo recente realizado por pesquisadores do Instituto de Astronomia de Mānoa, da Universidade do Havaí, talvez exista uma rotação do universo.

Em um artigo publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, os cientistas propuseram um modelo de universo com rotação e, até o momento, a matemática por trás dele parece estar correta.

Essa informação poderia revolucionar a ciência, já que as teorias atuais indicam que o universo não gira, ele apenas se expande de forma uniforme em todas as direções. Apesar das teorias aceitas explicarem a maioria das observações astronômicas, elas não resolvem o que é conhecido como tensão de Hubble.

A tensão de Hubble é uma discrepância nos valores da taxa de expansão do universo, o que sugere a existência de algum fenômeno ainda desconhecido pela astronomia. Talvez, esse fenômeno seja o giro do universo.

“Para nossa surpresa, descobrimos que nosso modelo com rotação resolve o paradoxo sem contradizer as medições astronômicas atuais. Melhor ainda, é compatível com outros modelos que pressupõem rotação. Portanto, talvez tudo realmente gire”, disse um dos autores do estudo, István Szapudi, em comunicado oficial.

Tensão de Hubble e rotação do universo

Sabemos que o universo está se expandindo, mas os diferentes métodos de medição dessa expansão mostram taxas diferentes; essa é a tensão de Hubble. O novo estudo teoriza que a rotação do cosmos poderia explicar esse problema.

No modelo matemático, os pesquisadores utilizaram todas as leis clássicas da física, mas adicionaram uma pequena rotação ao universo. Eles perceberam que essa rotação lenta resolveu, do ponto de vista matemático, o problema da tensão de Hubble — sem causar contradições com as equações atuais.

De acordo com os resultados do modelo, o universo poderia completar uma rotação aproximadamente a cada 500 bilhões de anos.

A imagem apresenta a galáxia com rotação espiral M51; será que o universo poderia girar dessa mesma forma? (Fonte: NASA)

Talvez por ser tão lento, esse movimento não seja facilmente detectado pelos instrumentos espaciais atuais. Contudo, mesmo com essa baixa velocidade, a rotação seria suficiente para impulsionar a expansão do cosmos, como observamos hoje.

De qualquer forma, é importante destacar que o modelo matemático ainda não é suficiente para confirmar se essa rotação do universo realmente existe.

Por isso, os cientistas planejam desenvolver um modelo computacional mais completo, com todos os dados necessários para tentar encontrar evidências desse suposto giro cósmico.

“Analisamos a evolução temporal do parâmetro de Hubble dentro do modelo Euler–Poisson, com uma escala do tipo Sedov autossimilar e dependente do tempo, aplicada a uma equação de estado linearizada para um fluido escuro. Esse modelo é consistente com a cosmologia de Newton–Friedmann quando o momento angular é zero, e facilita a análise de cosmologias com rotação lenta”, os cientistas descrevem na conclusão do artigo.

A tensão de Hubble intriga os cientistas por causa da diferença nos valores observados para a taxa de expansão do universo. Quer saber mais? Entenda o que é a Constante de Hubble. Até a próxima!

[Fonte Original]

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