Repercussão
O filme foi aplaudido ininterruptamente por 9 minutos em sua estreia no Festival de Cannes. Críticos internacionais, como David Ehrlich, do IndieWire, comparam o longa ao premiado “Ainda Estou Aqui” (2024), de Walter Salles, destacando que ambos abordam a violência de Estado, mas com linguagens distintas. “Enquanto ‘Ainda Estou Aqui’ denuncia o desaparecimento de Rubens Paiva, ‘O Agente Secreto’ mostra como a memória resiste, mesmo quando tentam apagá-la”, escreveu Ehrlich. Veja mais aqui sobre a repercussão internacional.
Sobre o que é o filme?
O longa se passa na sufocante Recife de 1977, quando Marcelo (Wagner Moura) —um especialista em tecnologia marcado por um passado que insiste em assombrá-lo— retorna à sua cidade natal em busca de redenção. O que ele encontra, porém, é um Brasil dilacerado pela ditadura militar, em que os traumas da repressão política se confundem com suas próprias cicatrizes pessoais.
À medida que mergulha nesse universo de sombras, Marcelo descobre que nem mesmo sua experiência tecnológica poderá apagar as verdades dolorosas que emergem das ruas da capital pernambucana. Na cidade, passado e presente colidem em um thriller político repleto de tensão e questionamentos existenciais. O filme usa a ditadura militar como pano de fundo para falar sobre memória, tecnologia e as cicatrizes que o país ainda carrega.