A perfumaria e fabricante de cosméticos Coty registrou prejuízo atribuído aos controladores de US$ 409 milhões no terceiro trimestre fiscal de 2025. O prejuízo por ação foi de US$ 0,47.
No critério ajustado, a companhia registrou lucro de US$ 6,8 milhões, queda de 84%, com lucro por ação de US$ 0,01. Já o resultado operacional nos três meses findos em 31 de março indicou um prejuízo de US$ 280,4 milhões.
A receita da Coty caiu 6% no comparativo anual, para US$ 1,3 bilhão. De acordo com a companhia, o recuo reflete um efeito cambial negativo de 3%.
Além disso, a empresa sofreu queda no faturamento de várias de suas divisões de negócios. A divisão de prestígio, que inclui os produtos de luxo, caiu 4% no comparativo anual e somou US$ 829,4 milhões.
Américas, Europa e China
A receita da divisão de “consumer beauty”, que inclui o mercado de massa, foi de US$ 469,7 milhões, queda de 9%. Esse é mais um trimestre negativo para a divisão de negócios da Coty, que vinha sofrendo com a queda na confiança do consumidor e consequente menor demanda na China.
Agora, de acordo com a Coty, o portfólio de maquiagem está com “tendências mais desafiadoras” nos mercados dos Estados Unidos e da Europa. A receita das Américas no terceiro trimestre fiscal caiu 10%, para US$ 529,7 milhões. Um dos destaques negativos foi a menor receita com produtos de cuidados com o corpo no Brasil.
Oriente Médio, África, Ásia e Pacífico
Na região de Oriente Médio, África e Ásia (Emea), o faturamento foi de US$ 610 milhões, queda de 3%. Já na região de Ásia e Pacífico, o recuo foi de 5%, para US$ 159,4 milhões, após mais um trimestre de queda nas receitas da categoria de luxo na China.
Apesar da queda de receita, a companhia destaca em seu relatório de resultados que o mercado de beleza “sempre foi resiliente em todos os ciclos econômicos”, pela natureza aspiracional e pela “acessibilidade para consumidores que buscam um prazer pessoal em tempos mais difíceis”.
“Estamos muito mais bem posicionados para navegar pela dinâmica complexa atual, incluindo tarifas e incertezas macroeconômicas mais amplas, apoiados pelos nossos fundamentos estratégicos, operacionais e financeiros que fortalecemos significativamente nos últimos quatro anos, mesmo no contexto de um relatório de resultados altamente restrito”, afirma a CEO, Sue Nabi.
As ações da Coty registravam queda de 2,71%, no início da noite, no pós-mercado de Nova York. No pregão regular, os papéis avançaram 0,19%, a US$ 5,17.