A polícia de Nova York intensificou nesta quinta-feira (22) a vigilância em sinagogas, sedes diplomáticas, centros culturais e outras instalações judaicas da cidade depois que dois funcionários da Embaixada de Israel em Washington foram assassinados.
O prefeito da cidade, Eric Adams, fez o anúncio depois de receber líderes de várias denominações religiosas para condenar o que ele chamou de “um ato depravado de terrorismo”.
Um homem e uma mulher funcionários da Embaixada de Israel nos Estados Unidos foram mortos a tiros na noite de quarta-feira (21) do lado de fora do Museu Judaico em Washington, onde estava sendo realizado um evento do Comitê Judaico Americano (AJC). Segundo as autoridades, o suspeito do ataque, Elias Rodriguez, de 31 anos, nascido em Chicago, foi preso em flagrante e acusado nesta quinta-feira de dois homicídios qualificados, além de assassinato de oficiais estrangeiros e crimes com arma de fogo.
Adams destacou que, embora a polícia tenha dito que não há nenhuma conexão conhecida do suposto autor do crime com Nova York – a segunda maior cidade judaica do mundo – foi aumentado o número de policiais da unidade de contraterrorismo em locais críticos, “por uma questão de cautela”.
Ele disse que “equipes de armas pesadas foram enviadas para instituições culturais e templos judaicos” e reforçadas a segurança em instalações diplomáticas, além de lembrar que essa ação também foi tomada após os ataques de 7 de outubro, quando a guerra na Faixa de Gaza começou após um ataque do grupo islâmico palestino Hamas contra Israel.
O prefeito de Nova York acrescentou que o comissário de contrainteligência está monitorando de perto “quaisquer conversações, e o comissário de polícia se certificará de enviar o pessoal necessário para proteger locais sensíveis”.
“A violência é inaceitável e não será tolerada, e é isso que queremos dizer quando afirmamos que a propaganda antissemita se disfarça de ativismo”, declarou.
“No último ano e meio, vimos o ódio se espalhar pelas nossas ruas, pelos nossos campi universitários e agora pelos nossos eventos culturais. A comunidade judaica sente, acredita e está sob ataque, se você olhar para os números (de crimes de ódio).”