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Os preços dos contratos futuros do ouro atingiram mais uma máxima histórica, impulsionados pelo aumento das tensões entre Estados Unidos e China e pela expectativa de mais dois cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) este ano. A queda nos rendimentos de Treasuries e o dólar fraco também contribuíram para o avanço do metal precioso.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 2,45%, a US$ 4.304,6 por onça-troy.
“A demanda por ativos seguros tem sido impulsionada pelas persistentes tensões comerciais entre Estados Unidos e China, ameaças à independência do Fed e pela paralisação do governo americano em andamento”, dizem os estrategistas de commodities do ING, Ewa Manthey e Warren Patterson, em nota.
Eles destacam que o ouro e a prata são duas das commodities com melhor desempenho neste ano, com preços subindo mais de 55% e 80% no acumulado do ano, respectivamente, impulsionados por compras de bancos centrais e entradas em fundos de índice (ETFs).
Quanto à China, o presidente Donald Trump renovou suas ameaças de tarifas contra o país, aumentando as tensões comerciais e com Pequim prometendo retaliação ao aumento tarifário de 100% proposto por Washington. Além disso, investidores permanecem cautelosos antes do resultado da investigação da Seção 232 sobre minerais críticos, incluindo prata, em meio a temores renovados de potenciais tarifas, apesar da isenção anterior em abril.