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quarta-feira, outubro 15, 2025

Japão está trabalhando em novas regras para reprimir o uso de informações privilegiadas em negociações de criptomoedas

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O órgão regulador de valores mobiliários do Japão está, segundo relatos, prestes a introduzir regulamentos para proibir e punir o uso de informações privilegiadas em negociações de criptomoedas, aproximando-se da forma como o país lida com o mercado de ações.

A Comissão de Vigilância de Valores Mobiliários do Japão (SESC, na sigla em inglês) seria autorizada a investigar atividades suspeitas de negociação e aplicar multas aos infratores com base no quanto lucraram com o uso de informações privilegiadas, informou o Nikkei Asia em relatório publicado na terça-feira.

O órgão regulador de valores mobiliários também faria encaminhamentos criminais nos casos mais graves.

Atualmente, não existem regras sobre o uso de informações privilegiadas sob a Lei de Instrumentos Financeiros e Câmbio (FIEA, na sigla em inglês) que cubram criptomoedas, e a associação autorregulada Japan Virtual and Crypto Assets Exchange Association não possui um sistema de monitoramento para detectar negociações suspeitas, o que motivou a necessidade de uma supervisão regulatória mais rigorosa no mercado cripto.

A Agência de Serviços Financeiros (FSA), organização-mãe da SESC, discutirá os detalhes do novo arcabouço regulatório por meio de um grupo de trabalho até o final de 2025, com o objetivo de submeter uma proposta de emenda à FIEA no próximo ano.

Os reguladores japoneses têm pouca experiência em lidar com casos de uso de informações privilegiadas no mercado cripto, em parte porque muitos tokens não têm um emissor identificável, tornando difícil determinar quem se qualifica como insider, segundo o Nikkei Asia.

Fonte: Nikkei Asia

A movimentação rumo a uma regulação sensata das criptomoedas ocorre após um aumento de quatro vezes no número de usuários locais de cripto, que chegou a 7,88 milhões nos últimos cinco anos — cerca de 6,3% da população do Japão.

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