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terça-feira, dezembro 16, 2025

Os 10 melhores filmes de ação de todos os tempos, segundo a crítica

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A discussão sobre os melhores filmes de ação de todos os tempos sempre rende e não é de hoje. Todo fã do gênero carrega uma lista pessoal, cheia de clássicos de infância, maratonas de madrugada e aquele título que marcou para sempre.

Só que, quando colocamos a régua na mão da crítica especializada, a conversa muda de tom. Falamos de produções que ultrapassaram o entretenimento puro e simples e alcançaram outro patamar: o de obras que moldaram narrativas, influenciaram gerações de cineastas e estabeleceram padrões estéticos e técnicos que o cinema tenta igualar até hoje.

O mais interessante é perceber como a ação evoluiu ao longo das décadas, do épico samurai ao western crepuscular, do caos moderno às reinterpretações de clássicos literários. Nesta lista, reunimos dez filmes que figuram no topo do ranking da crítica. Se você quer entender realmente o que define excelência no gênero, é aqui que começa o caminho.

Vale lembrar, que a lista foi elaborada utilizando notas de sites agregadores de análises da crítica especializada, como o Metacritic, não sendo, portanto, uma lista definitiva.

Os 10 melhores filmes de ação de todos os tempos

Mad Max: Estrada da Fúria (2015) – Nota: 90

Mad Max: Fury Road (2015) / Crédito: Roadshow Film Distributors, Warner Bros. Pictures (divulgação)

George Miller redefiniu o que é ação no século XXI. Mad Max: Fury Road é uma perseguição contínua, praticamente sem pausas, construída com efeitos práticos, coreografias insanas e uma fotografia absurda.

Furiosa (Charlize Theron) e Max (Tom Hardy) conduzem uma fuga desesperada por uma paisagem desértica onde a humanidade está por um fio. Cada veículo, cada figurino, cada cena é carregada de significado visual. A crítica o considera um milagre moderno: um blockbuster artesanal, ousado e autoral. Entre os melhores filmes de ação, poucos são tão intensos, inovadores e lembrados quanto este.

Yojimbo (1961) – Nota: 93

Imagem: YouTube/Reprodução

Um clássico de Kurosawa, Yojimbo acompanha um ronin esperto que chega a uma cidade dominada por dois grupos criminosos e decide colocá-los um contra o outro. A premissa simples deu origem a dezenas de adaptações, incluindo Por um Punhado de Dólares.

A performance irônica de Toshiro Mifune é um dos destaques, mas o que realmente brilha é a direção precisa. A forma como Kurosawa conduz tensão, humor e violência criou um molde seguido até hoje no cinema ocidental. É uma aula de narrativa, ritmo e construção de personagem essencial para entender a evolução do gênero.

Operação França (1971) – Nota: 94

The French Connection (Operação França) é um dos marcos do policial urbano. Gene Hackman vive o lendário “Popeye” Doyle, um detetive obstinado que investiga uma rede internacional de tráfico de heroína em Nova York.

A famosa perseguição de carro sob o trem elevado continua sendo referência absoluta em montagem, som, fotografia e tensão. A câmera na mão, o realismo sujo e o ritmo frenético colocaram o filme no centro da revolução do cinema dos anos 70. Para muitos críticos, é aqui que o cinema policial moderno nasce. Isso basta para garantir sua presença entre os melhores filmes ação de todos os tempos.

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Terra de Ninguém (1973) – Nota: 94

Terra de ninguém
Terra de ninguém (1973) (Imagem: iMDB/Divulgação)

Embora não seja um filme de ação tradicional, Terra de Ninguém ganhou seu espaço por capturar a violência com uma frieza que influenciaria diversas produções futuras. Terrence Malick, em seu longa de estreia, conta a história real de uma dupla de jovens criminosos que atravessou os EUA cometendo assassinatos nos anos 50.

O diferencial está no contraste: a brutalidade dos atos e a narração calma e inocente da personagem Holly. Essa combinação cria uma sensação incômoda e hipnotizante. A ação é mínima, mas cada explosão de violência é seca, imprevisível e impactante.

O Tigre e o Dragão (2000) – Nota: 94

o tigre e o dragão
(Imagem: Prime Video/Reprodução)

Ang Lee apresentou o wuxia para um público global como nunca antes. “Crouching Tiger, Hidden Dragon” (O Tigre e o Dragão) equilibra romance, misticismo e artes marciais com coreografias quase poéticas.

A história gira em torno de uma espada mágica roubada e da caçada que se segue. No meio disso, surgem conflitos pessoais, revelações e disputas internas que dão profundidade ao espetáculo visual. A estética do filme, com personagens literalmente dançando sobre telhados e árvores, marcou época. É um dos melhores filmes ação de todos os tempos que elevou o gênero marcial a um nível artístico raríssimo, quebrando fronteiras culturais e mostrando que ação também pode ser pura elegância.

Dunkirk (2017) – Nota: 94

Christopher Nolan entregou uma das experiências de guerra mais imersivas já criadas. Dunkirk constrói a narrativa a partir de três perspectivas: terra, mar e ar, cada uma com sua linha temporal específica.

A ação é guiada pela urgência, não pelo heroísmo. Soldados cercados na praia tentam sobreviver enquanto o inimigo avança com a câmera quase sempre colada neles, acompanhando respirações, olhares e silêncios desesperados. O som é protagonista: motores, ondas, tiros e a trilha de Hans Zimmer transformam o filme num ataque sensorial.

Uma Batalha Após a Outra (2025) – Nota: 95

Uma batalha após a outra
Leonardo DiCaprio em Uma Batalha Após a Outra. Imagem: Divulgação/Warner Bros

O único filme contemporâneo da lista mostra como a ação moderna também tem espaço entre os grandes. Uma Batalha Após a Outra coloca Leonardo DiCaprio no papel de Bob, um revolucionário fracassado que vive paranoico e isolado com a filha, interpretada por Chase Infiniti.

Quando sua antiga nêmese, vivida por Sean Penn, retorna e sua filha desaparece, Bob mergulha em uma jornada desesperada que mescla thriller político, drama familiar e explosões pontuais de violência crua. A crítica destacou a tensão constante, a fotografia pesada e o contraste entre momentos intimistas e confrontos intensos. É um exemplar perfeito da ação contemporânea: intensa, emocional e imprevisível.

Ran (1985) – Nota: 97

Ran, de akira kurosawa
(Imagem: Prime Video/Divulgação)

Kurosawa retorna com Ran, uma adaptação grandiosa de Rei Lear, de Shakespeare. A trama acompanha Lorde Hidetora, que divide seu reino entre os três filhos e desencadeia uma espiral de caos. O filme traz batalhas colossais, paletas de cores marcantes e um senso de destino inevitável que domina tudo. É considerado o ápice visual do diretor. A crítica o celebra como um marco absoluto do cinema mundial e um dos melhores filmes de todos os tempos.

Meu Ódio Será Sua Herança (1969) – Nota: 98

Imagem: Plano Critico/Reprodução

Sam Peckinpah reinventou o western. Meu Ódio Será Sua Herança apresenta um grupo de foras da lei em decadência tentando fazer um último grande golpe enquanto percebem que o mundo mudou e não há mais espaço para eles.

A ação é visceral, realista e revolucionária. A famosa sequência inicial, com uso intenso de câmera lenta e múltiplos ângulos, influenciou toda uma geração de diretores. É o western no seu estado mais brutal e honesto e um dos maiores filmes de ação já feitos.

Os Sete Samurais (1956) – Nota: 98

Imagem: Reprodução

O primeiro lugar não poderia ser outro. Os Sete Samurais é, para muitos críticos, o filme que definiu o gênero. Akira Kurosawa constrói uma epopeia sobre coragem, lealdade e sacrifício, com uma narrativa que continua atual quase 70 anos depois.

A história da vila que contrata samurais para enfrentar bandidos virou modelo para Hollywood e inspirou literalmente dezenas de produções. A direção é impecável, a montagem revolucionou o cinema e as cenas de batalha são estudadas até hoje. Entre os melhores filmes de ação de todos os tempos, nenhuma obra é tão influente, tão completa e tão definidora quanto esta.

Cada título aqui marcou época porque elevou o gênero, seja pela inovação técnica, pela força dramática, pela narrativa ousada ou pelo impacto cultural que se estendeu por décadas. Dos épicos de Kurosawa às reinvenções modernas, passando por westerns brutais, guerras realistas e distopias aceleradas, todos esses filmes mostram que a ação pode ser tão profunda quanto qualquer drama prestigiado.


[Fonte Original]

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